ResenhaFoucault1

Fundação Universidade Federal de Viçosa
Mestrado Profissional em Administração Pública em Rede Nacional

Resenha
FOUCAULT, M. História da sexualidade I: A vontade de saber. Rio de Janeiro: Graal, 1999.
[Texto: O que está em jogo - Itens 01 e 02, Capítulo IV (O dispositivo da sexualidade)]

Trabalho apresentado ao professor Alexandre Santos-Pinheiro como parte das atividades avaliativas da disciplina ADF801 - Estado, Sociedade e Administração Pública

Joana Aline Vasconcelos Gomes

Belo Horizonte - MG
20NOV2014

O entendimento do controle da sexualidade como dispositivo de poder é representado por Foucault pela própria definição de dispositivo, o qual congrega elementos heterogêneos de forças correlacionadas que juntos formam uma rede controladora de pulsões individuais. (FOUCAULT, 2000)
No caso da sexualidade, registros identificaram que comportamentos sexuais considerados extravagantes eram considerados problemas graves e sofriam, portanto, punições. Como exposto por Morgan (1996), “as ofenas mais graves poderiam significar castração, enquanto outras implicavam extensas penitências” (p. 214)
Tais punições, ainda segundo Morgan, indicam que o entendimento da existência dessa chamada má conduta sexual, considerada inadequada pela força "poderosa" naquele contexto, levou à convenção de normas reguladoras de comportamento. Há de se considerar destacadamente que os registros mais antigos de normatização organizacional atribui o controle primeiro da sociedade à sexualidade.
O controle dessas pulsões aconteceria tão somente pelas restrições impostas pela representação do poder, a qual apresenta traços bastante característicos: a) representação de um marco limitador; b) delimitação de regras e conceitos de oposição (regime binário); c) castigo aos que não forem capaz de renunciar a si próprio face ao que é “imposto” pelo coletivo (supressão); d) negação da existência da censura, o que faz com que a maioria das pessoas acreditem que agem