falacias informais ad hominem
Falácias informais
Excerto retirado do Jornal de Notícias, acerca do debate entre José Sócrates e Paulo Portas, candidatos à4s legislativas de 2009:
No excerto apresentado encontram-se falácias do tipo ad hominem, que possuem essencialmente um poder refutativo: Se um dos locutores recusar aceitar a opinião ou ponto de vista do seu adversário, ataca-o, em vez de apresentar razões para refutar a sua ideia ou opinião. Desta forma, para rejeitar o argumento, põe-se em causa as capacidades e defeitos do adversário.
Neste trecho, Sócrates é atacado, quando o seu adversário especula que ele não percebe nada de segurança interna. Ora, mesmo que Sócrates não perceba nada de segurança interna, pode mesmo assim criar um argumento bom e cogente que resolva o problema de segurança em questão. O seu adversário ao tentar refutar o argumento, lançando assim dúvidas acerca dos seus conhecimentos, e não o argumento em si, está a criar uma falácia.
Também, quando Portas declarou recusar-se a "dar troco aos truques de Sócrates", está a referir, implicitamente, que os truques do seu adversário não merecem qualquer valor. E ao fazer um ataque no qual lança dúvidas acerca dos verdadeiros motivos do seu opositor, excedendo assim o argumento, está de novo a produzir uma falácia ad hominem.
O mesmo acontece quando Sócrates acusa Portas de ser excessivamente manejável pelas massas populares. Neste caso, para refutar o seu argumento acerca da atual lei preventiva, Sócrates ataca o seu opositor, dando-se uma falácia ad hominem. Da mesma forma, Paulo Portas, sendo ou não demasiado submisso ao povo, poderia criar um argumento bom e cogente.
Fontes:
http://www.jn.pt/PaginaInicial/Nacional/Interior.aspx?content_id=1351303&page=2