Leitura
Falácias são erros de argumentação, ou, num sentido mais estrito, argumentos que dão, enganosamente, a impressão de serem válidos ou mesmo corretos, mas que não são.
Costuma ser feita uma divisão entre falácias formais e falácias informais; Falácias formais são argumentos cuja forma lembra alguma forma tradicional de argumento válido.
Não há uma classificação única de falácias informais; Copi separa as falácias informais em dois grandes grupos, as falácias de relevância e as falácias de ambiguidade. Cada um desses grupos, então, engloba várias formas de falácia.
Falácias de Relevância
Também chamadas de non sequitur, as falácias de relevância ocorrem quando as premissas de um argumento não têm relevância lógica para a sua conclusão. Essa falta de relevância, deve-se dizer, é lógica: as premissas podem muito bem estar psicologicamente associadas com a conclusão, e em geral estão, o que dá ao argumento uma aparência, um efeito psicológico, de validade ou correção. Ou seja, o argumento falacioso tem um bom efeito persuasivo, mas é inválido do ponto de vista lógico.
Há muitos tipos de falácias de relevância, apenas alguns dos quais, os mais conhecidos, estão expostos a seguir. Alguns desses tipos já haviam sido investigados pelo próprio Aristóteles, e receberam posteriormente nomes em latim. E como falei anteriormente, há grande diversidade de opiniões sobre os tipos. Vamos examinar então somente alguns deles.
Argumento contra o homem (Argumentum ad hominem)
Como o nome da falácia sugere, ela ocorre quando alguém, em vez de atacar alguma afirmação que alguém faz, ataca o autor da afirmação. Dependendo do tipo de ataque, fala-se em ad hominem ofensivo, ou ad hominem circunstancial, ou argumento por hipocrisia etc. Aqui, vamos tratar todos esses subtipos indistintamente como casos de argumento contra o homem.
Comecemos com um exemplo:
Nietzsche morreu louco, portanto, podemos desconsiderar tudo o que ele disse sobre filosofia.
Não há,