Bases moleculares da reprodução – hormônios e seus receptores e sistemas de sinalização celular
Tema: Bases moleculares da reprodução – Hormônios e seus receptores e Sistemas de sinalização celular
Introdução
Starling (1908) introduziu o termo hormônio derivado do grego “eu excito”. Ele propôs três propriedades características que definem hormônios: - Os hormônios são sintetizados por tecidos ou glândulas específicos; - Os hormônios são secretados na corrente sanguínea, que os transporta para seus sítios de ação; - Os hormônios mudam as atividades de seus órgãos alvos.
Um hormônio é classicamente definido como uma substância química fisiológica, orgânica, sintetizada e secretada por uma glândula endócrina sem ducto e transportada via corrente sangüínea. Os hormônios têm a ação básica de inibir, estimular ou regular a atividade funcional de seus órgãos ou tecidos-alvo. Entretanto, órgãos como o útero e o hipotálamo produzem hormônios que não se encaixam nessa definição clássica.
Embora as moléculas dos hormônios entrem em contato com todos os tecidos do corpo, apenas células que contenham receptores específicos para um hormônio particular são afetadas por ele. A ligação de muitos hormônios com seus receptores estimula uma cascata de duas ou mais moléculas sinalizadoras intracelulares, chamadas segundos mensageiros, que promovem uma resposta especifica no tecido alvo.
A quantidade de hormônio produzida por uma glândula endócrina geralmente é pequena e é diluída no sangue e no líquido intersticial. Dessa forma os hormônios devem ser eficientes em concentrações muito baixas (entre 10-8 e 10-12 M). Por comparação, se as papilas gustativas humanas pudessem detectar açúcar a 10-12 M, poderíamos ser capazes de sentir o gosto de uma pitada de açúcar dissolvida em uma grande piscina de café. Em contraste, as concentrações locais de neurotransmissores sinápticos são muito maiores (~5 X 10-4 M), e essas substâncias são eficientes somente em tais concentrações. A alta sensibilidade da