Filosofia
Exemplos de falácias informais
(Apresentam-se as que estão previstas nas Orientações para a Leccionação do programa de Filosofia do 11º ano)
Falso dilema É dado um limitado número de opções (na maioria dos casos apenas duas), quando de facto há mais. O falso dilema é um uso ilegítimo do operador "ou". Pôr as questões ou opiniões em termos de "ou sim ou sopas" gera, com frequência (mas nem sempre), esta falácia. Exemplos:
Ou concordas comigo ou não. (Porque se pode concordar parcialmente.)
Reduz-te ao silêncio ou aceita o país que temos. (Porque uma pessoa tem o direito de denunciar o que entender.)
Ou votas no Silveira ou será a desgraça nacional. (Porque os outros candidatos podem não ser assim tão maus.)
Uma pessoa ou é boa ou é má. (Porque muitas pessoas são apenas parcialmente boas.)
Apelo à Ignorância (argumentum ad ignorantiam) Os argumentos desta classe concluem que algo é verdadeiro por não se ter provado que é falso; ou conclui que algo é falso porque não se provou que é verdadeiro. (Isto é um caso especial do falso dilema, já que presume que todas as proposições têm de ser realmente conhecidas como verdadeiras ou falsas). Mas, como Davis escreve, "A falta de prova não é uma prova." (p. 59) Exemplos:
Os fantasmas existem! Já provaste que não existem?
Como os cientistas não podem provar que se vai dar uma guerra global, ela provavelmente não ocorrerá.
Fred disse que era mais esperto do que Jill, mas não o provou. Portanto, isso deve ser falso.
Apelo à força (argumentum ad baculum)
O auditório é informado das consequências desagradáveis que se seguirão à discordância com o autor. Exemplos:
É melhor admitires que a nova orientação da empresa é a melhor — se pretendes manter o emprego.
A NAFTA é um erro! E se não votares contra a NAFTA, então "votamos-te" para fora do escritório.
Apelo à Piedade (argumentum ad misercordiam)
Definição: Pede-se a aprovação do auditório na