Medidas de eficiência no setor supermercadista brasileiro
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES
DEPARTAMENTO DE ECONOMIA
MEDIDAS DE EFICIÊNCIA NO SETOR SUPERMERCADISTA
BRASILEIRO
Adriano Provezano Gomes (Orientador)
Letícia Costa Ferreira (Estudante)
VIÇOSA – MG
MAIO DE 2012
1. INTRODUÇÃO
1.1. Considerações iniciais
O setor supermercadista representa a principal atividade econômica do varejo no Brasil. Em 2011, o volume de vendas representou o equivalente a 5,4% do
Produto Interno Bruto do país, com faturamento que ultrapassou os R$ 224 bilhões, sendo responsável pelo emprego direto de quase um milhão de pessoas, segundo dados da Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS, 2012).
Os supermercados, que surgiram no Brasil na década de 50, passaram por profundas modificações, ofertando produtos além do gênero de “primeira necessidade” e se transformando em grandes estabelecimentos, com enorme variedade e diversificação de produtos e serviços, visando impulsionar a captação da demanda para este mercado e responder aos anseios dos consumidores.
A abertura da economia brasileira e a implantação do Plano Real, em 1994, permitiram maior entrada de redes supermercadistas estrangeiras no mercado interno. Em meados da década de 90, ocorreram fusões, enquanto a participação de redes estrangeiras, como a francesa Carrefour e a norte-americana Walmart, entre outras, se acentuou no país. (ALBUQUERQUE, 2007).
A abertura ao capital internacional no setor supermercadista – advindo com o processo de globalização – desencadeou uma série de mudanças no panorama deste segmento. A concorrência se acirrou devido à vinda de grandes redes de supermercado internacionais. Além disso, aumentaram-se significativamente os níveis de concentração de mercado, devido ao forte poder de mercado representado por estas empresas.
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A partir da década de 90, com o acirramento da concorrência no setor, desencadeou-se um processo de transformações. Ocorreram medidas como o