FAIXA DE AREIA
X
GEORG SIMMEL
Antropologia
CSPP2A - Eduarda Nieto
Rio de Janeiro
Faixa de Areia x Georg Simmel
O documentário faixa de areia nada mais é do que uma grande demonstração da pluralidade sociocultural que permeia a orla do Rio de Janeiro. No filme, são apresentados relatos de pessoas totalmente diferentes em cor, etnia, condição social, opção sexual, etc. São histórias extraordinárias que ocorreram na praia do Rio e a visão de cada um sobre a confluência de pessoas tão diferentes num mesmo espaço.
O intrigante é a tentativa do filme e dos entrevistados de demonstrar como a praia se torna um ambiente democrático, como se não existisse qualquer tipo de descriminação social (entre outras). Entretanto, notamos que existem tribos e que elas se subdividem nas praias e nos postos, como por exemplo, a comunidade gay prefere o posto 9, os mauricinhos e as patricinhas preferem o posto 10 e o “povão” (para os entrevistados) de preferência o mais longe possível. Um momento em que se torna muito evidente a questão da segregação que existe na praia é quando uma entrevistada confessa que preferiria que os pobres não frequentassem a mesma praia que ela e que aquilo se torna um incômodo, chegando a afirmar “vão para o piscinão de Ramos!”.
Os cariocas enxergam a praia como um local de encontro de amigos em que podem desfrutar do prazer de estar compartilhando um interesse em comum, logo por ter esse caráter relaxado (a praia) existe efetivamente certo grau de achatamento de individualidades, como é proposto por Simmel, já que as relações entre pessoas que não se conhecem, naquele ambiente, se torna mais horizontal, ou seja, mais igual; contudo, não é uma realidade cem por cento democráticas.
O texto “As Grandes Cidades e a Vida do Espírito”, escrito por Georg Simmel, é considerado um dos fundadores da chamada sociologia urbana. Seu trabalho aborda as relações sociais nas grandes cidades e as compara com as das pequenas cidades, além disso, relata a