Analise do filme faixa de areia
ALUNO:MATHEUS VIEIRA
Relatório de análise pessoal sobre o filme “Faixa de Areia”
O documentário é feito no lugar mais democrático de uma cidade litorânea talvez: a praia. Não só no Rio de Janeiro, mas em qualquer outra capital do litoral brasileiro, as praias são utilizadas por pessoas de diferentes estratos sociais, gêneros, etnia, religião, orientação sexual, etc. E essa é a abordagem principal do documentário, mostrar a praia como um lugar democrático, do ponto de vista dos diferentes tipos de banhistas, seja para lazer ou trabalho, e que abriga as diferenças de toda uma cidade num só lugar. É interessante destacar que diferentes tipos de pessoas ocupam lugares e praias diferentes, de modos diferentes. Sendo que o modo como essa utilização se dá acaba até sendo um reflexo do grupo social à qual a pessoa pertence. Prova disso são os diferentes relatos apresentados por banhistas do piscinão de Ramos e os dos postos frequentados por “mauricinhos”, como fala um dos entrevistados, em Copacabana. Enquanto em Ramos, o que faz as pessoas se sentirem em comunhão e felicidade é o pagode, a “farofa”, no posto do Country, em Ipanema, por exemplo, isso seria extremamente rejeitado, por ser utilizado por pessoas de classe social diferente. Isso nos faz pensar que, mesmo as praias sendo locais de acesso público, a distância entre as pessoas pode ser muito mais do que alguns metros. A realidade é que ocorre uma estratificação social bem visível dentro da própria faixa de areia, que fica refletida na demarcação de postos na praia de Ipanema. Há o posto dos ricos solteiros, das famílias ricas, dos gays e assim em diante. As praias são tanto lugares de lazer, funcionando como uma válvula de escape dos cariocas, como são fonte de sustento para outros. Ser o próprio chefe, ficar isento de impostos, e ter garantia da presença clientes nas praias faz com que muitos cariocas, em sua maioria suburbanos, buscarem sua fonte de renda nas