Resenha do filme-documentário faixa de areia
Acadêmica: Maria José dos Reis Gonçalves Para analisar o filme dentro do Contexto de Lane, (Silvia Tatiana Maurer Lane), é necessário uma reflexão em relação ao que estamos acostumados a definir como grupo ou agrupamento. Para Lane, “toda ação transformadora da sociedade só pode ocorrer quando os indivíduos se agrupam.” Lane nos fala de pequenos grupos e é nesse estudo da Lane, que observamos os pequenos grupos que compõe o universo do filme-documentário Faixa de Areia. Sábado, sol forte e convidativo para o lazer, é uma garantia de um fim de semana maravilhoso para os que moram na Cidade Maravilhosa. Observamos que dependendo do clima, o carioca se anima ou se entristece. Quando o tempo é chuvoso, o carioca fica em casa assistindo a um bom programa ou convida alguém para ir ao cinema assistir um bom filme ou mesmo sair com os amigos para tomar uma cervejinha, caipirinha e bater um bom papo. Porém se o dia é ensolarado, o Rio de Janeiro, inteirinho, corre para a praia, para caminhar na calçada, pegar um bronze, tomar um banho de mar e tomar uma cervejinha bem gelada, colocando o papa em dia com os amigos. Tenho um amigo carioca, o Luiz, que está sempre me afirmando: “qualquer pessoa que queira entender a cultura, a dinâmica carioca, seja um gringo ou mesmo um brasileiro, é necessário que ele conheça as praias cariocas, ele precisa conviver com o povo que freqüenta as praias do Rio de Janeiro.”
A proposta que o Filme “Faixa de Areia” nos mostra é de um estudo antropológico sobre o comportamento de pequenos grupos nas praias, suas diferenças e semelhanças, seu comportamento diante de outros grupos, tendo como principal cenário as praias do Rio de Janeiro. São várias praias mostradas pelas cineastas Daniela Kallmann e Flávia Lins e Silva, na verdade é mais que um filme, é um documentário do comportamento em grupo de um povo que se denomina democrático e liberal. O documentário (irei basear-me