Análise psicossocial do filme “quanto vale ou é por quilo?”
O filme “Quanto Vale ou é por quilo?” do paranaense Sérgio Bianchi, é uma produção brasileira e foi lançado em 2005, um filme critico e polemico que nos faz refletir sobre as relações sociais brasileiras, relações estas contraditórias que tem na sua cultura os senhores e escravos, aqueles que exploram e os que são explorados. O filme faz uma analogia ao atual uso da miséria como forma de lucro. Conta-nos histórias extraídas do Arquivo Nacional, no século XVII e outra ele já nos mostra a contemporaneidade; onde o que une as duas histórias são a miséria, a servidão e a morte. As histórias aparecem disfarçadas como atos altruístas, solidárias, e que nos mostra as ONGs, que hoje também usam de artifícios para lucrarem com a miséria humana. No filme há uma grande exibição da pobreza e da miséria como algo que pode ser vendido, e nos expõe a vergonhosa sociedade manipuladora que usa de subterfúgio para tirar proveito próprio com os seus escravos e ao mesmo tempo parecerem solidários e bonzinhos. O filme não nos fala em lutas pelos direitos, nem de solidariedade, mas da exploração entre pessoas da mesma classe social, como forma de obterem lucro e até mesmo uma forma de sobrevivência. No filme tem uma história que me chamou a atenção. Uma escrava que acha em uma senhora branca uma amiga e a propõe um acordo interessante, a senhora branca a compraria, ela trabalharia de graça para a branca por um período e assim poderia guardar um pouco do dinheiro e com esse dinheiro ela compraria sua liberdade. Trato feito, tudo acertado em cartório e vemos aí, o lucro e a liberdade, que se aparenta em amizade e solidariedade. Outra cena, esta já na contemporaneidade, nos mostra o diretor de uma empresa, que é especializado em projetos sociais, que tem um projeto de inclusão digital para uma área da periferia. Surge nesse acordo um conflito entre