fachadas da catedral de chartres
Artes plásticas e Decorativas no Gótico (Geral)
No domínio da pintura e artes afins sobressai o vitral, constituído por vidros coloridos unidos por pedaços de chumbo. Embora seja de origens mais antigas, o desenvolvimento da arte do vitral está obviamente ligado à possibilidade (trazida pelo estilo gótico) de rasgar amplas janelas nas paredes dos edifícios.
A luz era considerada uma manifestação divina, razão pela qual as representações projectadas no interior dos edifícios através dos vitrais produziam uma forte impressão mística, uma vez que a luz entrava coada pelos vidros coloridos.
As figuras e cenas mais recriadas nos vitrais diziam respeito a temas religiosos, como a vida de Cristo, da Virgem ou dos Santos, ou ainda actividades características dos diferentes ofícios.
As tonalidades utilizadas nos vitrais eram essencialmente o vermelho e o azul, mas também branco, púrpura, amarelo e verde.
Retábulos
Na época gótica abandonou-se a tendência para pintar o interior das igrejas com os grandes ciclos narrativos que caracterizaram o estilo românico, acentuando-se a preferência por decorações parietais com base em tapeçarias ou esculturas. Por esta razão, a pintura sobre tábua ou o grande fresco parietal, aplicado nos salões das residências nobres, tornaram-se nos géneros pictóricos com maior divulgação e desenvolvimento.
As pinturas sobre madeira, geralmente de temática religiosa, eram muitas vezes organizadas em conjuntos, formando polítpticos. Destes os mais divulgados foram os trípticos, formados por um painel central quadrado e por dois elementos laterais que se fechavam sobre ele.
Num primeiro momento, os artistas góticos, interessados em criar atmosferas mística e divinas de caráter abstractizante e irreal, não revelavam grande