Eça de Queiroz

Biografia completa sobre Eça de Queiroz

José Maria de Eça Queiroz nasceu o 25 de novembro 1845 na Povoa de Varzim, numa casa da Praça do Almada. Ele foi baptizado na Igreja Matriz de Vila do Conde como filho de “mãe incognita” porque os seus pais não eram oficialmente casados. Era o filho de José Maria Teixeira de Queiroz (1820) e de Carolina Augusta Pereira d’Eça (1826). O pai era magistrado e par do Reino. Passou toda a sua infância afastado do lar paterno, era interno no Colégio da cidade do Porto. Em 1861, ele ingressou na Universidade de Coimbra, onde se formou em Direito em 1866. Manteve ligação com Antero de Quental e Teófilo de Braga, a chamada "Escola Coimbrã".
Eça de Queiroz exerceu o jornalismo e a advocacia em Lisboa. Em 1867, dirigiu-se na cidade de Évora, o jornal de oposição O Distrito de Évora. Ele voltou para Lisboa e revelou-se como escritor no folhetim da Gazeta de Portugal. Em 1869, Eça assistiu a inauguração do canal de Suez, no Egito. Em 1870, com a colaboração do escritor Ramalho Ortigão, escreveu o romance policial "O Mistério da Estrada de Sintra", e em 1871 "As Farpas", sátiras à vida social, publicadas em fascículos.
Em 1871, Eça de Queiroz profere em conferência o tema "O Realismo Como Nova Expressão de Arte", no Casino de Lisboa. Em 1873, ele ingressa na carreira política e em 1872 é nomeado cônsul em Havana, e em 1874 ele é nomeado cônsul na Inglaterra.
O romance "O Crime do Padre Amaro", que foi publicado em 1875, foi o marco inicial do Realismo em Portugal. Neste romance Eça faz uma crítica violenta da vida social portuguesa, denuncia a corrupção do clero e da hipocrisia dos valores burgueses. A crítica social unida à análise psicológica aparece também no romance "O Primo Basílio", que foi publicado em 1878, em "Mandarim" (1880), e em "Relíquia" (1887).
Em 1885 Eça de Queiroz visita o escritor francês Émile Zola em Paris,. Em 1886, casa-se com Emília de Castro Pamplona Resende. Eles tiveram dois filhos, Maria e José Maria. Em