Eça de Queiroz
Por Luana Pereira
José Maria Eça de Queiroz é um importante romancista português do século XIX. Nascido em 25 de novembro, de 1845, na cidade portuguesa de Povoa de Varzim.
Eça foi o único romancista português que conquistou fama internacional nessa época. Foi duramente criticado por suas críticas ao clero e à própria pátria.
– Eça, o senhor é um romancista importante que marcou o inicio do Realismo. Na publicação de que obra e o que criticava? – No Romance “O crime do Padre Amaro”. Nele, faço uma crítica violenta da vida social portuguesa, denunciando a corrupção do clero e da hipocrisia dos valores burgueses.
– O senhor já teve muitos trabalhos. Quais foram os primeiros? – Meus primeiros trabalhos como escritor apareceu no Jornal Gazeta de Portugal. Trabalhei como administrador municipal de Leiria, também como cônsul de Portugal na Inglaterra. Essa época foi uma das mais produtivas da minha vida.
– Teve alguma influência na literatura? – Sim. Fui discípulo do escritor francês Gustave Flaubert, de quem recebi grande influência literária.
– Em 1888, ano que publicou “Os Maias”, observa-se uma mudança na sua atitude irreverente, segundo João Gaspar Simões. Que mudança foi essa? – Verdade, deixei transparecer os mistérios do destino e as inquietações do sentimento, as apreensões da consciência e os desequilíbrios da sensualidade.. – Por ser um importante romancista, abandonou a linha romântica e estabeleceu uma visão crítica da realidade. Comente um pouco sobre isso. – Afastei-me do estilo clássico, que perdurou por muito tempo nas obras de diversos autores românticos. Dei a frases uma maior simplicidade, mudando a sintaxe e inovando nas combinações das palavras; evito a retórica tradicional e os lugares comuns; criei novas formas de dizer, introduzir neologismo e, principalmente utilizei os adjetivos de maneiras inéditas e expressivas.