Extração
Extração com solventes reativos e Extração da cafeína.
Introdução
‘ Uma das principais preocupações da Química Orgânica Experimental é a separação de misturas e o isolamento de compostos na sua forma pura para posterior utilização dos mesmos.
Todos os métodos de separação dependem de alguma maneira, da partição dos compostos a serem separados, visto que o composto orgânico apresenta diferentes coeficientes de solubilidade entre as fases, ou seja, ele se encontra em parte dissolvido nas duas fases, orgânica e aquosa, em proporções diferentes. [1]
A extração é um método importantíssimo no isolamento e na purificação de substâncias, na qual é adicionada a solução um segundo solvente, sendo o mesmo imiscível ao primeiro, formando – se assim um sistema heterogêneo, ou seja, que contenha duas fases ou camadas distintas. Para tanto, é importante o princípio de solubilidade do composto a ser isolado e o melhor solvente a ser utilizado, para assim obter melhores rendimentos. [2]
O princípio básico de uma extração é a transferência do soluto (composto orgânico) de um solvente para outro, sendo, por exemplo, a extração de produtos naturais de tecidos animais ou vegetais, um exemplo prático, como a cafeína extraída de uma solução de chá.
Dependendo da quantidade de solução a ser utilizada na extração, pode – se utilizar diferentes recipientes e diferentes técnicas, mas que tem como base o mesmo princípio de toda e qualquer extração. Para extrações com volume inferior a 4 mL, utiliza – se frasco cônico, para volumes de até 10 mL tubos centrífugos e, para volumes maiores, funis de separação. Figura 1 – Exemplos de recipientes
O processo de extração de um composto de uma fase líquida em outra é um processo de equilíbrio guiado pela solubilidade da substância nos dois solventes, sendo a razão entre as solubilidades denominada de COEFICIENTE DE DISTRIBUIÇÃO (Kd), Kd = C1/C2 (Equação 1)
Onde C1 é a concentração do composto no solvente 1 (em g/mL) e C2 a