Externalidades nas Construções de Hidrelétricas
Metodologia para estimação de externalidades agropecuárias decorrentes da construção de reservatórios.
As usinas hidrelétricas são sempre bem vistas quando a questão é geração de energia elétrica sem impactos, por teoricamente ser limpa e renovável. Porém, quando realmente analisada, nota-se que a sua construção causa varias externalidades negativas.
Os danos ao meio ambiente causados pelo alagamento necessário para a construção das hidrelétricas são enormes. A construção de barragens traz diversos prejuízos. Podendo citar:
- Terras perdidas que poderiam ser utilizadas para agricultura.
- Perda de terrenos férteis e de inúmeros ecossistemas.
- Remanejamento populacional da região inundada e custo de ressarcimento, geralmente insignificante ou nada, causando mais transtornos.
- A população reassentada, geralmente não consegue manter o mesmo padrão de vida que tinha antes.
Como exemplo, podemos citar o caso da barragem de Kiambere no Quênia, onde a renda dos fazendeiros que foram retirados de suas terras, caiu em média 82% devido a grande perda de gado no processo de transferência de terras e também devido a terras menos férteis.
Assim, os projetos hidrelétricos geralmente são criticados por especialistas, pois quando analisados profundamente fica claro que os benefícios energéticos são grandes, mas os custos econômicos, sociais e ambientais não são levados em consideração.
Para que se possa calcular as externalidades causadas por hidrelétricas aos agropecuários que foram retirados de suas terras para a construção de barreiras e reservatórios para geração de energia hidrelétrica, foi sugerido pelos autores do artigo “METODOLOGIA PARA ESTIMAÇÃO DE EXTERNALIDADES AGROPECUÁRIAS DECORRENTES DA CONSTRUÇÃO DE RESERVATÓRIOS”, uma comparação envolvendo o valor da perda da produção agropecuária ao custo de geração da usina associada a este alagamento, e ao Produto Interno Bruto – PIB – dos municípios parcialmente