Estado de necessidade ou inconsideração pela vida humana?
O presente trabalho tem por finalidade a análise do livro: “O caso dos exploradores de cavernas”, em que será discutido sobre a culpabilidade ou não dos personagens que são acusados de homicídio doloso e ocultação de cadáver, pelo fato de terem matado o colega durante uma expedição de pesquisa.
No referido livro, cinco membros de uma sociedade de exploradores ficam presos em uma caverna no condado de Stowfield, devido a um desmoronamento que bloqueou única saída do local.
Ocorre que durante o tempo que ficaram presos, a comida esgotou-se. Para suprir a necessidade de alimento, Roger Whetmore, um dos exploradores, propôs que fosse realizado um sorteio, em que o sorteado deveria ser morto, para que assim os outros tivessem o que comer. “Após. ter refletido Roger Whetmore, declarou que desistia do acordo, pois havia decidido esperar mais uma semana. Os outros o acusaram de violação do acordo e procederam ao lançamento dos dados”. Quando chegou a vez de Whetmore um dos acusados atirou-os em seu lugar e por triste “destino” foi o sorteado.
Não seria tamanha coincidência justo Roger que deu a ideia e depois decidiu esperar mais uma semana para o salvamento ser justo o sorteado? Alguns dias depois de ocorrido o assassinato, a equipe de resgate conseguiu tirá-los de dentro da caverna.
Diante do fato exposto fica evidenciado que a morte de Roger, foi claramente injustificada, uma vez que não estava presente o estado de necessidade do grupo, pois este configura-se quando há risco de vida ou perigo iminente, e não era este o caso, uma vez que a equipe dos exploradores tinham contato com o mundo externo através de rádio, de modo que todos que fora estavam, sabiam da situação por eles vivenciados, ou seja, não estavam totalmente desamparados.
Quanto ao perigo iminente, este não encontra fundamento, uma vez que inúmeras pesquisas mostram que é possível uma pessoa viver vários dias sem alimento.
A fome e as