EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA: CONTRIBUIÇÕES PARA O DEBATE
Profa. Mestra Mirian Elza Finocchiaro Penteado Rocha
Faculdade Sumaré mirian.rocha@facsumare.com.br Extensão Universitária: Contribuições para o debate
Mirian Elza Finocchiaro Penteado Rocha
Resumo
Pretendemos aqui resgatar a história da extensão no Brasil, identificando a visão de mundo de cada momento histórico analisado, bem como evidenciar o percurso da Faculdade Sumaré em direção à extensão. São estes os principais objetivos deste artigo, que não pretende esgotar o tema, mas propiciar reflexões sobre as possíveis formas de se estruturar, com responsabilidade social, a extensão universitária no espaço acadêmico, garantindo coerência com a concepção de educação que adota, com os valores que historicamente construiu e sua relação com a sociedade. Palavras-chave: extensão universitária; história; Faculdade Sumaré; visão de mundo; responsabilidade social.
Introdução
No Brasil, a extensão foi oficializada em 1931, mas alguns autores consideram que experiências extensionistas ocorreram em nosso país muito antes, principalmente na
Universidade Livre de São Paulo, criada em 1912. Conforme Bemvenuti (2006):
“A Proclamação da República, além de condensar interesses de vários grupos (republicanos, federalistas, liberais e dissidentes monarquistas) apontava a educação como o canal de redenção nacional. Foi nesse contexto que a abertura das universidades para a sociedade aconteceu concretizada na idéia de uma
“universidade popular”. Como lembra Gurgel1, a Universidade Livre de São Paulo, surgida em 1912, teve a influência forte de Augusto Ribeiro Guimarães, um militante positivista que pregava o ensino livre. Gurgel ainda destaca que já havia experiências de universidades populares no Rio e no Maranhão, mas essa experiência de São Paulo foi a primeira ligada a uma instituição de ensino superior. Por isso se considera a primeira experiência de extensão universitária (Gurgel, 1986) As