Expulsão dos Jesuitas
Uns dos fatores que levou Marquês de Pombal a expulsar os jesuítas foi o poder econômico e o poder ideológico. O poder econômico origina-se das riquezas extraídas da terra com a utilização do trabalho escravo indígena e africano. A Companhia de Jesus se tornou muito rica ao longo dos 210 anos de permanência no Brasil, o que conferiu aos jesuítas um enorme poder político, que em alguns momentos rivalizava com o poder do estado português, como no caso da resistência em deixar o território dos Sete Povos das Missões, na região do prata. Após a expulsão, Portugal confiscou os bens da Companhia de Jesus.
Já o poder da ideologia se dá através da educação nos colégios e nas missões, e da moral católica disseminada por toda a sociedade colonial. A Companhia de Jesus determinava o que era certo e errado em termos de comportamento e costumes. À Igreja Católica interessava formar o “homem de fé”, enquanto que para Portugal, em pleno período iluminista, já não interessava mais este tipo de educação. Após a expulsão dos jesuítas, foram destruídos muitos livros e manuscritos pertencentes àquela ordem religiosa. E mais uma das intenções de marquês de Pombal de expulsar o jesuítas era que os índios fossem libertados da tutela religiosa e se miscigenassem com os portugueses para assegurar um crescimento populacional que permitira o controle interior das fronteiras.
Depois da expulsão dos jesuítas a organicidade da educação jesuíta foi consagrada quando Pombal os expulsou levando o ensino brasileiro ao caos , através de suas famosas aulas , regras , o despeito da existência de escola fundadas por outras ordens religiosas , como os Beneditinos , os franciscanos e os Carmelitas. Marquês teve que preencher então o enorme vazio na educação , com professores seculares para preparar homens suficiente e capazes para assumir pasto de comando no estado absolutista, oferecendo aulas de latim , grego , filosofia e retorica.