Explorando a Gramática
As pessoas quando falam e escrevem não tem a liberdade total de inventar, cada uma a seu modo, as palavras que dizem e escrevem, nem tem a liberdade irrestrita de coloca-las em qualquer lugar nem de compor, de qualquer jeito, seus enunciados. Isso porque toda língua tem sua gramática, tem seu conjunto de regras, do prestígio social ou do nível de desenvolvimento econômico e cultural da comunidade em que se vive. Quer dizer, não existe língua sem gramática.
Quando alguém é capaz de falar uma língua é então capaz de usar, apropriadamente, as regras fonológicas, morfológicas, sintáticas e semânticas dessa língua além de outras de natureza pragmática na produção de textos interpretáveis e relevantes, conforme o Koch & Travaglia (1994). Aprender uma língua é, portanto, adquirir, entre outras coisas, o conhecimento das regras de formação dos enunciados dessa língua.
Regras de gramática são normas, são orientações acerca de como usar as unidades da língua, de como combiná-las, para que se produzam determinados efeitos, em enunciados funcionalmente inteligíveis, contextualmente interpretáveis e adequados aos fins pretendidos na interação.
Dessa forma, são regras, por exemplo: a descrição de como empregar os pronomes, de como usar as flexões verbais para indicar as diferenças de tempo e de modo, de como estabelecer relações semânticas entre as partes do texto, como relações de causa, de tempo, de comparação, de oposição e outras; de quando e como usar o artigo definido e o indefinido; de quando e como garantir a complementação do verbo ou de outras palavras; de como expressar exatamente o que se quer pelo uso da palavra adequada, no lugar certo, na posição certa.
Dentre estas destacamos o uso da coerência mediante conectivos, ao se proferir discursos ou redigir um texto. Segundo Koch & Travaglia