Reflexão sobre o ensino da gramática

No contexto dos estudos e ensino gramaticais faz-se grande quantidade de pesquisas, descobrem-se novos fatos, constroem-se novas teorias para estudar a estrutura e funcionamento da língua. Posteriormente essas pesquisas são levadas as salas de aula onde temos que considerar as diversas situações didáticas, que tem por objetivo levar o aluno a pensar sobre a linguagem, para compreender e usar adequadamente em propósitos e situações diferentes da melhor maneira possível.
Ao prestarmos atenção em como a Língua vem sendo ensinada nas escolas, vamos notar que, às vezes, a escola não se preocupa em ser o espaço social destinado à formação do sujeito-cidadão. O ensino é conduzido de acordo com uma “visão tradicional”, tratando a língua como um mecanismo homogêneo, desvinculada de seus usuários, portanto histórica e socialmente descontextualizada. Não há respeito à diversidade sociocultural e linguística dos alunos. As atividades de leitura e escrita valorizam a (de)codificação mecânica que envolve desenhar e decifrar letras e palavras. O estudo da gramática é compartimentado, classificatório e reducionista, tratando de sílabas, palavras e frases descontextualizadas. O ensino da gramática esta em farrapos todo desorientado.
A língua portuguesa (gramática) deve ser trabalhada em sala de aula de modo a desenvolver as competências comunicativas do aluno, tornando-os aptos a utilizarem adequadamente as diferentes variedades da língua em diferentes gêneros discursivos e tipos textuais, nas diversas situações de interação. Trocando em miúdos a escola tem um papel social que é de criar condições para a formação de um sujeito-cidadão.
Segundo os PCNs os conteúdos da disciplina de Língua Portuguesa devem ser divididos da seguinte maneira: uso da língua oral e escrita - que incorpora práticas de escuta e de leitura e práticas de produção de textos orais e escritos; e reflexão sobre a língua e a linguagem - que incorpora práticas de análise linguística nos seus