Exclusão social e a diversidade
Os valores, enquanto crenças básicas que orientam a própria vida, não se herdam, aprendem-se.
Exige-se então a criação de condições adequadas para tal aprendizagem. Concretamente no que diz respeito à tolerância, torna-se indispensável criar estruturas, ambiente e habitats nos quais seja possível a experiência da diversidade, a convivência das distintas manifestações de valores, assim a diferença e/ou diferente não sejam vistos como objecto de exclusão ou ameaça, mas como elemento positivo e de riqueza para a comunidade. Por outro lado, a tolerância constitui uma exigência da nova realidade social. Esta configura-se como um sistema plural em todos os sentidos: económico, social, político e cultural.
“Ao longo da minha vida, fui vítima de discriminações, assim como todos nós, como ser humano dito normal, tive várias fases em toda a minha vida. Uma delas foi um tanto ou quanto complicada, a adolescência, para mim foi muito complicado porque eu era considerado como “grande” para a idade que tinha, depois também tinha a ingenuidade de criança, e havia quem se aproveitou e de certa forma me humilhou. A história que mais me marcou, não se passou comigo, teria os meus 16 anos, andava na rua para variar um bocadinho. Então dei por mim com conhecidos meus a ligarem-me para ir ao parque, quando lá cheguei fui ver o que se passava, então tinha sido um rapaz de cor que tinha roubado um rapaz lá do bairro. O irmão mais velho estava de caçadeira em punho, o rapaz coitado, com medo e pensando que falando a verdade se iria safar da situação na qual se tinha encaixado. Assim que o agressor inicial admitiu o que tinha feito, em menos de três segundos ficou sem cabeça.”
As raízes da tolerância
Em que se baseia a tolerância? No âmbito ideológico e a prática cientifica, a tolerância poderia fundamentar-se na impossibilidade de instaurar a verdade absoluta. A partir de uma vertente prática, é evidente o fato de que nem todos os homens se aproximam da