Evolução do Trabalho
Escravidão
Nos sistemas de escravidão, os escravos eram considerados como coisa, não possuindo nenhum direito ou qualquer forma de proteção, pois eram propriedade de seu dono, que sobre eles detinham o poder de vida e morte, somente adquirindo a liberdade através da vontade de seus senhores, como forma de gratidão por seus serviços prestados, quando então poderiam locar seus serviços a terceiros, mediante uma contra-prestação remuneratória. Podem ser observadas na história a existência de várias classes de escravos, e não só os responsáveis pelos trabalhos penosos , conforme se verificou em Roma, onde existiam escravos pastores, gladiadores, músicos, filósofos e poetas, e na Grécia, onde a mão de obra escrava era utilizada em fábricas de flautas, de facas, de ferramentas agrícolas e de móveis.
Servidão apesar de não possuírem os trabalhadores a condição de escravos, também prevalecia a ausência de liberdade dos indivíduos, que em troca de proteção política e militar, declaravam sua subserviência aos senhores possuidores das terras, e a estes tinham que entregar parte de sua produção rural ou pecuária, sofrendo ainda restrições de deslocamento para outras terras, sujeitando-se ao pagamento de inúmeros tributos que lhes eram impostos pelos seus senhores.
Prevalecia nesse sistema o dever de fidelidade do servo aos senhores feudais, estes constituídos pela nobreza e pelo clero, sem qualquer possibilidade de ascensão social, pois, enquanto cabia aos servos o dever de trabalhar para o sustento de todos, aos nobres competia a proteção militar e ao clero de zelar para a salvação espiritual do homem9. Nesse período, a doutrina da igreja era fundada na Teoria do Individualismo Cristão, onde prevalecia o subjetivismo ligado à aparição do evangelho e da igreja cristã, cuja gênese se baseia na transcendência do individuo ao Estado, como um infinito valor em si, ligado a uma relação intersubjetiva com cristo e deveres para com o