Evolucionismo Cultural

Evolucionismo Cultural

Entre 1871 a 1908 foi o período de hegemonia do evolucionismo no pensamento antropológico. Antropologia, nesse período, baseava-se num raciocínio fundamental: reduzir as diferenças culturais a estágios históricos de um mesmo caminho evolutivo. A influência da obra de Herbert Spencer foi notável nesse período, pois o mesmo cunhou o termo Darwinismo social, aparado nas ideias de Darwin. Essa se tornaria a ideia fundamental do período clássico do evolucionismo na antropologia. O Evolucionismo em sua fase clássica era, portanto, que, em todas as partes do mundo, a sociedade humana teria se desenvolvido em estágios sucessivos e obrigatórios, numa trajetória basicamente unilinear e ascendente, supondo de que teríamos descendido de formas "inferiores" de vida há muito tempo extintas. Toda a humanidade deveria passar pelos mesmos estágios, seguindo uma direção. O caminho da evolução seria, nas palavras de Morgan, natural e necessário. Na medida em que a arqueologia era então pouco desenvolvida e não havia registros históricos disponíveis para a reconstituição dos estágios supostamente mais "primitivos", o estudo dessas sociedades assumia enorme importância, pois, assim, se poderia reconstituir o caminho evolutivo da humanidade, através de suas diferentes etapas. Para Frazer a selvageria é a condição primitiva da humanidade, e, se quisermos entender o que era o homem primitivo, temos que saber o que é o homem selvagem hoje. A solução para preencher as "lacunas" do longo período "primitivo" de evolução cultural humana era utilizar o método comparativo, aplicando-o ao grande número de sociedades "selvagens" existentes contemporaneamente. A antropologia evolucionista não demonstrava grande preocupação com aspectos mais específicos de povos particulares, nem com a exigência de alta confiabilidade nos relatos etnográficos. O trabalho com fontes secundárias esteve presente nesse período, sendo denominado de antropologia de gabinete. Vários