Eutanazia
EUTANÁSIA EM ENFERMO TERMINAL: CONCEPÇÕES DE MÉDICOS E ENFERMEIROS INTENSIVISTAS1 RIBEIRO, K.V.2 SOARES, M.C.S.3 GONÇALVES, C.C.4 MEDEIROS, I.R.N.5 SILVA, G.6 RESUMO A eutanásia tinha um significado de morte honrosa, sem sofrimentos atrozes, bonita, atualmente tomou uma definição diferente, sendo, portanto definida como o emprego ou abstenção de procedimentos que possibilitem antecipar ou provocar o óbito de um paciente com doença incurável na intenção de livrá-los dos intensos sofrimentos que o acometem. Embora se tenha evoluído consideravelmente as discussões a respeito, ainda se receiam falar sobre a mesma, principalmente entre profissionais de saúde uma vez que o artigo 66º do Código de Ética de Medicina é vedado ao médico a utilização, em qualquer situação, meios a fim de abreviar a vida do paciente, mesmo que a pedido deste ou de seu responsável legal. Porém, percebe-se que o profissional de saúde encara certo grau de dificuldade para admitir que não há mais “nada” para fazer pelo paciente. Sendo assim, é comum que tal profissional lute para manter o paciente vivo, colocando-o em uma situação de desnecessário sofrimento. Dessa forma, alguns profissionais que trabalham em Unidades de Terapia Intensiva, a exemplo de enfermeiros e médicos, tem visões diversas sobre o tema, levando a questionamentos a favor e contra essa prática. Portanto, este trabalho teve como objetivo principal investigar percepções de enfermeiros e médicos intensivistas, no tocante a prática da eutanásia em enfermos terminais. Trata-se de uma pesquisa descritiva, exploratória com abordagem qualitativa realizada entre novembro e dezembro de 2009 em duas unidades de terapia intensiva no município de Campina Grande – PB. Participaram do estudo 3 médicos e 10 enfermeiros intensivistas, através da entrevista semi-estruturada, só sendo operacionalizada após anuência do comitê de ética e pesquisa do