eu, a patroa e as crianças
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Entender a dinâmica espacial do entorno da Lagoa da Parangaba, bem como de sua planície flúvio-lacustre, na atualidade, requer não só identificar os processos hoje atuantes nessa paisagem, mas também resgatar fatos pretéritos buscando entender como se deu sua apropriação e transformação ao longo do tempo e que resultaram na atual configuração espacial. Nesse sentido, buscou-se não um relato histórico linear da área estudada, mas resgatar fatos importantes que contribuíram para a ocorrência de transformações nos padrões de apropriação que refletiram em usos e ocupações distintos ao longo do processo histórico da planície flúvio-lacustre da Lagoa da Parangaba, e sua relação com a própria história da cidade de Fortaleza. Tão inevitável quanto relacionar o processo de ocupação da Parangaba com o de Fortaleza, por estas estarem historicamente e espacialmente próximas, é reconhecer as peculiaridades pertinentes a cada uma, sobretudo quanto às funções que estas exerceram ao longo do tempo. Alguns relatos históricos apontam que a história do bairro Parangaba se confundiu com a fundação da atual Paróquia Bom Jesus dos Aflitos, por padres jesuítas, nos primórdios do Século XVII, sendo tão antiga quanto a própria história da cidade de Fortaleza, como podemos observar nos textos abaixo. Aos vinte de janeiro de 1607, partiram de Pernambuco para o Ceará os abnegados Jesuitas padres Francisco Pinto e Luiz Figueira, cheios de zelo ardente da salvação das almas e da conversão dos infiéis. Tendo desembarcado junto ás salinas de Mossoró, seguiram por terra mais ou menos o mesmo caminho trilhado antes por Pero Coelho de Souza, o primeiro colonizador do Ceará. Perto da ponta do 61 Mocuripe a Providência lhes indicou alguns logares apropriados a um ensaio de colonização e de facto, fundaram quatro pequenas aldeias: Caucaia