Etnografia
Chamo-me Luana, tenho 13 anos, moro em um orfanato, cheguei aqui com 11 anos, fui abandonada por meus pais, alegaram não ter condições de me criar.
Pois bem, o fato de ter sido abandonada entristece muito meu coração, pois não me lembro dos irmãos fisicamente, não tenho contato com ninguém de minha família.
Mas na verdade, melhor é ficar aqui, pois aqui faço de conta que estou em minha casa e se tivesse sido abandonada nas ruas estaria correndo risco de vida.
Bom, aqui não é tão ruim como parece, tem hora pra tudo, regras para serem cumpridas. O meu dia começa as 07h00min, arrumo minha cama, tomo banho de 5 minutos, me arrumo, tomo café com leite e pão com manteiga as 07h30min, e faltando 10 minutos para as 08h00min, sigo para a escola que fica bem em frente ao orfanato, fico na escola até as 12h00min, lá me sinto como se estivesse em “liberdade”, não que eu estivesse preso, mais é isso que sinto quando estou na escola “liberdade”, quando volto da escola, há algumas atividades que eu e meus colegas temos que fazer não como obrigação, mais como lazer.
A hora do almoço não falha, todos os dias há 13h00min, o cardápio é bem simples, sem muitas novidades, arroz, feijão, bife e salada...
Logo após o almoço, às 13h30min, temos aula de educação física com futebol e vôlei, mas com tudo isso temos que cumprir os horários.
As 15h00min volto para a parte interna do orfanato, tomo banho, logo após tem o café da tarde, o tempo aqui passa muito devagar, e para passar este tempo, temos também, momento para assistir TV, e hoje especialmente, é o dia de desenho, não temos escolha, para cada dia, há uma programação diferente. Se por acaso, houver algum desentendimento entre os internos, nossos coordenadores tem liberdade, para nos disciplinar, disciplinas estas que implicam em, ficar sem ver TV, ou sem aula de educação física, isso seria triste, pois é só isso que temos aqui dentro para a nossa distração.
Depois dos 30minutos de TV, nos preparamos para a janta