Etnografia
Colegiado de Ciências Sociais
Etnografia
Por trás da cortina de fumaça: integração entre jovens universitários “baseada” no uso da maconha.
Laís Emanuele Freitas de Morais
“...Vou apertar, mas não vou acender agora
Vou apertar, mas não vou acender agora
Se segura malandro, pra fazer a cabeça tem hora...”
(Bezerra da Silva)
Introdução
A utilização de substâncias psicoativas é algo muito corrente em nossa sociedade, principalmente entre jovens universitários e esse dado despertou minha curiosidade, desta maneira a utilização de cannabis sativa por jovens de uma Universidade Federal é o objeto de estudo desta etnografia. optei pela
Universidade como campo por me intrigar movimentos de alguns estudantes no pátio que saiam para fumar um “beck” no espaço conhecido como mangueira, todavia com o decorrer das observações o meu estudo se expandiu para os ambientes de “festas alternativas” que estes mesmos jovens frequentam.
Esses jovens possuem gostos em comuns, compartilham os mesmos espaços de debates dentro e fora da Universidade, além compartilharem de rodas de discussões com viés político dentro da Universidade, eles compartilham também conversas nas rodas de fumo e esse termo “roda”,
“círculo” me causou algumas indagações de porque se reunirem em círculo e não outra forma geométrica qualquer, indagações estas que ficarão clara no texto. Dei preferência pela utilização dos termos nativos no decorrer da etnografia como “baseado”, “camarão”, “erva”, “Cabrobó” e etc., ressaltando que as vezes utilizo o termo “droga” no sentido que é empregado pela legislação brasileira, como substância ilícita , afastando-me assim do conceito de substância psicoativa por considerar um tempo bastante clínico.
O uso da maconha na história, universo juvenil.
É do conhecimento de quase todos que a utilização da maconha não é algo recente, ela vem perpassando o decorrer do tempo e das civilizações,