Etnocentrismo e cultura
Gislaine Martins Moreira, Ciência Política, 2º semestre
Através da leitura do texto “O que é etnocentrismo?”, de E. Rocha, entendemos que todos nós fazemos etnocentrismo diariamente, pois estamos sempre analisando e julgando grupos e indivíduos. No entanto, o que o autor questiona é o fato de que esse juízo é impregnado de nossos próprios valores. Partindo dessa referência, para nós, “o nosso grupo “ é o centro do mundo e isso faz com que nos consideremos superiores e os demais inferiores. Desse modo, ocorre que formamos uma visão única e possível considerada a mais certa. Com isso, desenvolvemos a idéia de que os outros indivíduos não são normais. Tal fato era muito comum na época das Grandes Navegações. Os europeus viam sua cultura como avançada e moderna. Para eles, os povos recém descobertos no “Novo Mundo” era primitivos e não possuíam cultura. No entanto, quando os descobridores adentraram nas Américas encontraram civilizações que possuíam um arquivo bastante rico em termos de hábitos, crenças e costumes que constituíam a sua cultura. Durante o processo de colonização, os colonizadores impuseram sua cultura com a justificativa de que pretendiam desenvolver aquelas comunidades. As raízes e o contexto local não foram levados em consideração e por isso, civilizações riquíssimas foram dizimadas. Assim sendo, não concordamos com o autor quando afirma que é possível ver a cultura do “outro” a partir do contexto deste, deixando o etnocentrismo de lado. Embora não admitamos, todos nós somos etnocêntricos. E, normalmente, encaramos hábitos e costumes diferentes dos nossos como estranhos, esquecendo de que os valores daqueles são outros, mas nem por isso menos certos do que os nossos. Ao fato de julgar as outras culturas e grupos sem sermos etnocêntricos, Rocha chama de relativizar. Relativização, segundo ele, é a busca pelo entendimento da cultura do outro. Porém, por mais que o pesquisador se esforce no sentido de ver