Etnocentrismo como opera a cultura
• BARROS. Laraia, Roque de. II capítulo: Como opera a cultura In Cultura: Um conceito antropológico. RJ. Jorge Zahar, 2001, pp: 65101
• ROCHA, E. O que é etnocentrismo? Ed.
Brasiliense, 1984.
1. A CULTURA CONDICIONA A VISÃO DE
MUNDO DO HOMEM
• A nossa herança cultural, desenvolvida através de inúmeras gerações, sempre nos condicionou a reagir depreciativamente em relação ao comportamento daqueles que agem fora dos padrões aceitos pela maioria da comunidade.
• Mesmo o exercício de atividades consideradas como parte da fisiologia humana podem refletir diferenças de cultura. Tomemos, por exemplo, o riso. EX: índio Kaapor
• Ainda com referência às diferentes maneiras culturais de efetuar ações fisiológicas, gostaríamos de citar o clássico artigo de Marcel
Mauss, (1872-1950) "Noção de técnica corporal”, no qual analisa as formas como os homens, de sociedades diferentes, sabem servirse de seus corpos.
• EX: Quenianos na São Silvestre. Ginástica
Olímpica do Japão. Estrangeiros dançando forró.
• O fato de que o homem vê o mundo através de sua cultura tem como conseqüência a propensão em considerar o seu modo de vida como o mais correto e o mais natural.
• Tal tendência, denominada etnocentrismo, é responsável em seus casos extremos pela ocorrência de numerosos conflitos sociais.
• O etnocentrismo, de fato, é um fenômeno universal. É comum a crença de que a própria sociedade é o centro da humanidade, ou mesmo a sua única expressão. As autode- nominações de diferentes grupos refletem este ponto de vista. Os Cheyene, índios das planícies norte-americanas, se autodenominavam "os entes humanos"; os Akuáwa, grupo Tupi do Sul do
Pará, consideram-se "os homens"; os esquimós também se denominam "os homens"; da mesma forma que os Navajo se intitulavam "o povo". Os australianos chamavam as roupas de "peles de fantasmas", pois não acreditavam que os ingleses fossem parte da humanidade; e os nossos
Xavante acreditam que o