Estudos em apropriação da escrita: textualidade, alfabetização e letramento
Este trabalho é uma tentativa de ‘resumir’ os conceitos-chave revisitados ao longo da disciplina Estudos em apropriação da escrita: textualidade, alfabetização e letramento cursada no primeiro semestre de 2008 na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
A disciplina objetivou discutir acerca das teorias que abordam os fatores envolvidos no processo de apropriação da língua escrita, levando em conta a cognição, a sociedade e a cultura escrita sob o escopo do cognitivismo e do sociocognitivismo.
Entender os conceitos envolvidos no processo de apropriação da escrita é de extrema importância para nós, futuros profissionais da educação. Assim como a disciplina, esse ‘resumo’ é dividido em três etapas/seções: a primeira seção trata das bases epistemológicas que nortearam o desenrolar da disciplina: a sociocognição; a segunda seção aborda aspectos referentes ao letramento – autônomo e ideológico e, por fim, a terceira seção é dedicada ao estudo da alfabetização – domínio do sistema alfabético e construção sociocognitiva dos sentidos e ao estudo da textualização. Ao fim, apresentam-se algumas considerações gerais sobre a disciplina.
SEÇÃO I
DO COGNITIVISMO AO SOCIOCOGNITIVISMO
Só aprendemos a ler lendo e acrescentando à leitura nossos conhecimentos prévios (aquilo que já sabemos; informações que recuperamos de nossa memória discursiva). Assim, para compreender como ocorre o processo de leitura, vamos delimitar primeiramente as bases epistemológicas da disciplina. Começaremos essa seção a partir da apresentação de questões acerca do cognitivismo clássico, relacionando-o ao processo de aquisição da escrita. Na seção 2, apontaremos algumas dificuldades enfrentadas pelo cognitivismo e assim, chegaremos ao modelo do sociocognitivismo.
1 O cognitivismo clássico
Os primeiros estudos cognitivistas datam de 1950 como uma