estudo do caso
Disciplina: Teorias da Administração I
Graciliano Ramos, um exemplo de Gestor Público para o nosso tempo?i
“Graciliano Ramos (1892-1953), grande escritor brasileiro, nasceu em Quebrângulo (AL), em 27 de outubro de 1892. Estudou em Maceió e, em 1910 sua família estabeleceu-se na pequena cidade de Palmeira dos
Índios, interior Alagoano, onde seu pai dedicava-se ao comércio. Seu primeiro livro foi publicado em 1933,
“Caetés”. Em 1934, “São Bernardo”. “Angústia” em 1936. “Vidas secas” 1938, dentre outras obras.
Foi preso em 1936, acusado, segundo fontes, injustamente pela participação no levante comunista de
1935, na época do Estado Novo, governo de Getúlio Vargas. Permaneceu na prisão até 1937. Este período, Ramos eternizou em sua obra “memórias do cárcere”. As informações acima são conhecidas do público, também suas obras. O que muitos desconhecem, é que, Graciliano Ramos esteve à frente da prefeitura de Palmeira dos Índios entre janeiro de 1928 a abril de 1930, quando renunciou ao mandato.
Segundo Marcus Lopes – que assina a matéria da revista Gestor, publicada pela editora Nova Griffon –,
Graciliano teria renunciado por ser um homem muito íntegro e, que gostava de cumprir suas promessas.
Com efeito, uma receita inexpressiva para executar todos os planos que fizera para a pequena cidade de
Palmeira dos Índios, a grande crise de 1929 que abalou a economia sertaneja, inclusive atingindo o comércio de seu pai, levaram-no à renúncia.
Contudo, durante a gestão de Graciliano, através de uma leitura dos relatórios detalhados redigidos pelo nobre escritor e enviados ao governador Alvaro Paes, nota-se singular transparência nos atos do prefeito, transparência jamais igualada pelos políticos brasileiros.
Devido às suas convicções, Graciliano indispôs-se com vários políticos e fazendeiros, inclusive seus correligionários; o vice de Graciliano, José Alcides Morais, por exemplo, renunciara no início do mandato.