Estudo do capitulo -Acesso a Educação Formal. Livro: Diferenças e Preconceitos
A população brasileira- 193.946.886 de acordo com o IBGE 2012- é composta por 48% de brancos, 43% pardos, 8 % negros e 1% outras raças. Nas regiões Sudeste e Sul, as mais ricas do país, predominam as pessoas brancas com apenas 8% e 10% negros respectivamente.
A discriminação no país fica nítida ao compararmos os salários, sendo que os negros recebiam em 2010, 46,4% menos que os brancos de acordo com a Relação anual de informes sociais (RAIS). Essa discriminação sofrida pelos negros, causa um grande impacto nas outras esferas sociais. Segundo Celso Cardoso Simões (2004), pesquisador do IBGE, 47% dos filhos de mães negras tem mais chances de morrer do que os filhos de mães brancas. (...) “Sabemos que as chances de vidas inferiores a que pretos e pardos estão expostos, em decorrência do racismo passado e presente, começam no momento da concepção e acompanham as pessoas ao longo de todo seu ciclo de vida” (Hasenbalg, 1992, p. 12).
Na educação não é diferente, como em outras esferas sociais os negros também são penalizados. As crianças negras apresentam dificuldades de se manter na escola, frequentam as escolas de pior qualidade causando maior índice de reprovação. Aquino (1998, p. 79) afirma que os negros apresentam os piores resultados educacionais, e 15 anos depois a situação continua a mesma. Analisando o Censo 2012, 9,2 % dos brasileiros são analfabetos, 14,4% são negros, 13% pardos e apenas (se comparado aos negros) 5,9% brancos.
Aquino, em seu livro Diferenças e Preconceitos (1998, p. 79) diz que analisando as desvantagens vistas nas taxas de escolarização podemos indicar que os negros sofrem discriminação através de várias reprovações. Pesquisas realizadas pela USP, baseadas no questionário socioeconômico da Prova Brasil 2011, relatam que um conjunto de fatores determina que os alunos quando chegam ao 6º ano do Ensino Fundamental, 7% dos alunos brancos têm mais de dois anos de atraso escolar e entre os negros o indicador