Estudo dirigido Fiori

2842 palavras 12 páginas
ESTUDO DIRIGIDO

Fiori (2008) critica a teoria dos “ciclos hegemônicos” e propõe uma leitura alternativa do sistema mundial, visto como um “universo em expansão” contínua, onde todas as potências que lutam pelo “poder global” estão sempre criando ordem e desordem, expansão e crise, paz e guerra. Por isso, do ponto de vista do autor, desordem, crises e guerras não são, necessariamente, um anúncio do “fim” ou do “colapso” dos países e das economias envolvidas.

I – Identifique as idéias centrais dos autores da teoria dos “ciclos hegemônicos.”

A primeira vez que se profetizou o fim da hegemonia mundial dos Estados Unidos foi na década de 1970. Nesse momento, o economista americano Charles Kindleberger formulou a seguinte tese: “a economia mundial precisa de um país estabilizador, e de um só país estabilizador”, mas a “primazia” deste país dura pouco. Segundo Kindleberger, o funcionamento da economia internacional requer uma “primazia” ou uma “liderança” de um país que forneça “bens públicos” indispensáveis ao sistema, como moeda, a defesa do livre-comércio, a coordenação das políticas econômicas e a garantia do sistema financeiro. Esta “liderança”, entretanto, foi sempre passageira, e obedeceu uma espécie de “ciclo vital” ao longo da história, em que a ascensão foi seguida do declínio, da queda e da substituição do antigo líder por um novo país, que voltou a exercer as mesmas funções do anterior. Por fim, para Kindleberger, a “primazia” mundial dos Estados Unidos começou a declinar depois da crise americana da década de 70. Depois disso, também teremos a “teoria da estabilidade hegemônica”, cujo os autores mais destacados são Immanuel Wallerstein e Giovanni Arrighi, entre vários outros autores, sobretudo gramscianos. Immanuel Wallerstein apóia sua previsão do fim do poder americano numa teoria dos “ciclos” e das “sucessões hegemônicas”, como Kindleberger. Para Wallerstein, entretanto, os poderes hegemônicos são apenas uma maquinaria política do “modo de

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