Estudo de caso
A
economia
brasileira
sempre
apresentou
um
elevado
grau
de
internacionalização do seu aparelho produtivo. Foi um dos países mais afetados pelo movimento internacional de fatores de produção, e com relação ao fator trabalho, o Brasil foi o quarto mais importante país receptor do fluxo migratório ocorrido entre meados do século XIX e as primeiras décadas do século XX. No período de 18611920, o Brasil recebeu 3,5 milhões de imigrantes, o que representou 8% do total da migração internacional nesse período. Desde a independência política do país, o investimento internacional tem tido um papel de destaque na evolução da economia brasileira, seja em sua dinâmica interna, seja em suas relações com o resto do mundo. Ao longo do século XIX, o comportamento da economia brasileira foi, em grande medida, influenciado pelas suas relações com o sistema econômico internacional sob hegemonia britânica. Nesse cenário internacional, o Brasil foi um receptor importante do investimento internacional. Cerca de 80% do investimento internacional da GrãBretanha em 1913 estavam concentrados em sete países, sendo que o Brasil estava incluído neste grupo. O Brasil também tinha um papel na divisão internacional do trabalho como fornecedor de produtos agrícolas tropicais como café, cacau e borracha. Na esfera financeira, a inserção internacional do Brasil tem sido muito significativa. O Brasil tinha uma dívida externa total de quase US$ 200 bilhões em 1997, a maior dívida externa no conjunto de países em desenvolvimento. Além disso, considerando a relação entre a dívida externa e as exportações de bens e serviços, os dados mostram que essa relação para o Brasil está entre as maiores no grupo de países em desenvolvimento. Isso significa, entre outras coisas, que o Brasil tem uma ampla e profunda inserção no sistema financeiro internacional. Quanto ao IED, os dados mostram a presença do