ESTUDO DE CASO
O crescimento do número de incubadoras no país tem-se refletido na criação de empresas incubadas de sucesso, como é o caso da Pipeway, da incubadora PUC – Rio, no Rio de Janeiro. A empresa foi criada em 1998 e rapidamente começou a crescer e ganhar prêmios pelas suas inovações. A Pipeway surgiu nos laboratórios da universidade, onde José Augusto Pereira da Silva trabalhava com pesquisas e desenvolvimento de produtos para inspeção de dutos em conjunto com a Petrobras. Guto, como é conhecido pelos amigos, é engenheiro de telecomunicações, formado pela PUC, com pós-graduação na mesma área. Durante a década de 1990, ele fez parte de um grupo de pesquisas da universidade, no qual acabou conhecendo seu atual sócio e orientador, o Prof. Jean Pierre Von der Weid. Foi nesse ambiente que Guto aprendeu a trabalhar em equipe, fator que ele considera fundamental para montar uma empresa e um time de gestão de primeira categoria, com sócios comprometidos com o negócio. Como havia muita demanda por parte da Petrobras. Guto, seu orientador Jean e o engenheiro Nelson resolveram criar a empresa, vislumbrando a oportunidade de negócio que tinham em mãos. Apesar das dificuldades, conseguiram construir uma empresa que praticamente se auto-financiou desde o início. O único aporte de capital foram as economias pessoais, que somavam cerca de R$ 40 m Il, e um investimento de R$ 60 mil do PADCT (Programa de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico, da FInep). Usaram o dinheiro para construir um acessório para ferramenta utilizada nas inspeções de dutos de óleo e gás. A empresa levou quase um ano para fechar o primeiro contrato. Um detalhe interessante do serviço prestado pela Pipeway é que a ferramenta utilizada para inspecionar o duto só pode ser construída após o contrato fechado, pois cada duto tem diâmetro diferente, necessitando-se de ferramentas diferentes e específicas para cada caso. Foi nessa época que