Estudo de caso administração americana
A compra da Volvo pela Ford Motor Company em 1999 provavelmente traria muitas mudanças para os seus funcionários que, por sua vez, não estavam muito animados com a mudança que estariam por vir.
Os funcionários da Volvo lotados na fábrica em Gothenburg, Suécia gozam de uma série de benefícios. Eles, por exemplo, tinham acesso à academia da empresa que contava com piscinas olímpicas, quadras de tênis, pistas de corrida ao ar livre e câmaras de bronzeamento artificial. Os operários também poderiam acessar a piscina aquecida onde muitos trabalhadores atendiam a sessões de fisioterapia após um dia puxado na linha de montagem. Isso tudo custava apenas 1,50 dólares por dia. Esta estrutura era comum em muitas fábricas da Volvo ao redor do mundo.
Os funcionários da Ford nos Estados Unidos também tinham acesso a um centro de atividades físicas gratuitamente, mas este contava com uma estrutura que não chega aos pés daquela da Volvo.
Os funcionários da Volvo estavam preocupados. Será que eles iriam perder a estrutura à qual eles tinham acesso? Será que ao assumir a fábrica, a Ford mudaria a forma de trabalho existente? Isso poderia significar uma linha de produção funcionando 24h, com três turnos assim como era feito nos Estados Unidos. Os funcionários da Volvo trabalhavam com apenas dois turnos. Será que a estabilidade dos funcionários no emprego e sua qualidade de vida estariam ameaçadas?
Jarí Saarelainen, por exemplo, um funcionário de 40 anos que cumpria o turno noturno na Volvo estava preocupado. Ele trabalhava menos de 30h por semana mas recebia como se trabalhasse 40h. Seu horário de trabalho permitia que ele tivesse mais tempo com sua esposa e 4 filhos. “É uma forma humana de trabalho”, dizia ele. Saarelainen sabia que ele tinha uma carga menor de trabalho, mas argumentava que isto ajudava a empresa, pois sua produtividade e moral estavam acima daquelas de um trabalhador convencional. “Eu espero que a Ford consiga perceber que o