ESTUDO DA TERMO OXIDA O ACELERADA DE GRAXAS
LUBRIFICANTES ELABORADAS A PARTIR DO RESÍDUO DO
PROCESSAMENTO DE ÓLEO DE ARROZ (Oriza sativa L.)
S. A. ANTUNES1, R. TRICHEZ1, H. HENSE1
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Universidade Federal de Santa Catarina, Departamento de Engenharia Química e Engenharia de
Alimentos
E-mail para contato: h_hense@enq.ufsc.br
RESUMO - O desenvolvimento de novos produtos lubrificantes com óleos vegetais pode ser visto como uma mudança para diminuir o impacto e desenvolver um produto biodegradável, mas são necessários estudos que determinem a qualidade desses produtos logo após a sua produção. O objetivo deste trabalho foi avaliar as propriedades térmicas e químicas após o processo de termo-oxidação acelerada de graxa lubrificante produzida com o resíduo da destilação da borra de neutralização
(RDBN) através do teste de estufa de Schaal à temperatura de 70 ºC por 11 dias, com amostras retiradas em 1, 3, 5, 7 e 11 dias. Os termogramas obtidos para as amostras retiradas em diferentes tempos do processo de termo-oxidação acelerada foram semelhantes para amostra não degradada e as amostras que passaram pelo processo de termo-oxidação acelerada. Nos espectros de FTIR, não foram detectadas a formação e/ou desaparecimento de picos. Sendo assim, conclui-se que a graxa lubrificante estudada possui uma boa estabilidade termo-oxidativa.
1. INTRODUÇÃO
A graxa lubrificante é um fluído não-newtoniano de característica sólida ou semi-sólida, produzida pela dispersão de um material espessante em um óleo lubrificante. Em sua composição, encontra-se o óleo vegetal ou mineral, chamado de líquido lubrificante, o agente espessante, comumente sabões de lítio, bário, alumínio e cálcio ou argilas, como a bentonita
(NAILEN, 2002), e alguns aditivos, que visam atribuir características desejáveis à graxa.
Grande parte dos lubrificantes produzidos atualmente tem como base lubrificante o óleo mineral, obtido de fontes não renováveis (NAGENDRAMMA; KAUL, 2012). Porém, há alguns anos, procura-se um