estudante
A “Sexta invariável da linguagem moderna: o espaço temporalizado, vivido, socialmente desfrutado, apto para recolher e realçar os acontecimentos. Ao incorporarem-se ao espaço temporalizado, as cinco primeiras invariáveis adquirem uma nova substância. O catálogo converte-se na sua premissa. A assimetria e a dissonância são indispensáveis nas suas conotações, porque diante de um edifício simétrico as pessoas não se movem, apenas o contemplam. A antiperspectiva e outra conseqüência; temporalizar significa modificar incessantemente o ponto de vista. As estruturas de decomposição e de projecção são instrumentos que determinam a temporalização e que, ao fragmentarem a caixa, talham os ângulos.”
No Museu Guggenheim essas características são nítidas devido ao destaque causado nas obras de arte obtido através das paredes brancas e inclinadas. Pode-se destacar também a circulação na rampa espiralada em torno das obras, que causa modificações do ponto de vista.
O Museu possui também a planta livre e flexibilidade, uma faixa de vidros estende-se ao redor do cone invertido em formato espiralado, fazendo com que a luz penetre o edifício e ilumine as galerias, causando um doseamento entre a luz exterior e da luz interior artificial: temporalizando a paisagem desde a cidade até o museu e vice-versa. A iluminação no interior do Museu muda de tom em cada hora e em cada estação no ano.
O átrio aparece em formato cônico de um Ziggurat invertido possibilitando o realce da assimetria do edifício tanto na fachada como interiormente.
A arquitetura do museu é adaptada de forma a promover melhor integração e aproveitamento dos espectadores com as obras e com o próprio edifício.