estudante
O João de 28 anos foi encaminhado para Psicologia pelo Médico de Família após mais uma situação disfuncional protagonizado com a sua esposa. Segundo o Médico de Família, o paciente apresenta um quadro comportamental disfuncional, que se traduz por pensamentos algo recorrentes de suicídio. Profissionalmente parece não haver indicações de disfunção, no entanto, são recorrentes os sinais de insatisfação por não ter atingido o quadro de diretor numa das empresas de construção civil do país.
Casou-se com a Ana faz 5 anos mas o casamento tem sido muito oscilante, pois o João procura controlar sempre o que a sua esposa faz, chegando a ligar para o seu local de trabalho (gerente comercial) 5 a 6 vezes por dia, perguntando o que está a fazer e exigindo sempre muitos aspetos na relação do casal, tais como, passarem mais tempo a ver televisão à noite e impedi-la de conversar via telefone com os seus familiares e amigos.
Do acompanhamento que tem sido efetuado ao João, salienta-se a enorme insegurança nas suas ações e a enorme dependência por alguém. Parece haver um forte investimento no objeto amoroso, que lhe reconforta e lhe permite ser mais incisivo e seguro nas suas ações. No entanto, na sua ausência procura sistematicamente estratégias, que lhe permitam descondicionar o outro, no sentido, de obter fonte prazerosa que lhe satisfaça as suas necessidades mais prementes.
Salienta-se a dificuldade em manter relacionamentos desde a adolescência, tendo sempre muitas namoradas com as quais procura «viver tudo intensamente como se não houvesse amanhã» (sic). Rapidamente procurava controlá-las e quando não totalmente satisfeito ameaçava-as e em duas situações agrediu duas das suas namoradas.
Sublinhe-se, que o João nas últimas semanas tem andado muito triste, com pensamentos recorrentes em se suicidar e parece evidenciar uma ingestão compulsiva de alimentos, que se tem traduzido num aumento de peso significativo.
A esposa refere,