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O futebol no Brasil - das elites ao esporte do povo
“Era o final do século XIX, mais especificamente 1895, quando o futebol “chegou” ao Brasil, especificamente à cidade de São Paulo. Poucos anos haviam passado desde a Proclamação da República em 1889 e o país buscava sua identidade com a nova forma de governo instaurada, procurando inserir-se nos modelos das grandes metrópoles europeias.” (p. 13)
“O responsável por trazer a novidade ao país foi justamente Charles Miller, filho de um importante industrial inglês, que conheceu o futebol em sua temporada de estudos na Inglaterra e o “trouxe” em sua bagagem de volta.” (p. 14)
“Naquela época, São Paulo era uma cidade que recebia, além de muitos imigrantes, um grande afluxo de capital externo.” (p. 14)
“Todavia, na própria Inglaterra, a origem do futebol foi um pouco diferente. Em seu berço, nasceu na época do crescimento da classe operária, em plena Revolução Industrial, e era um esporte que levava para locais públicos toda a revolta e as insatisfações do operariado explorado.” (p. 14)
“Retornando ao Brasil, em seu primeiro momento, o futebol era definitivamente um entretenimento para as elites.” (p. 15)
“Mas, por mais que as classes altas tentassem impedir sua popularização, não demorou muito para que o futebol chegasse às classes sociais mais baixas.” (p. 16)
“Os anos 1910, 1920 e os primeiros da década de 1930 no futebol brasileiro foram marcados por duas disputas: a do elitismo versus a democratização e a do amadorismo versus a profissionalização.” (p. 18)
“Os clubes das elites queriam manter o amadorismo de qualquer forma, enquanto os mais populares tendiam ao profissionalismo. Portanto, a disputa era totalmente marcada pela questão social” (p. 22)
“É fácil perceber que a intensificação da crise que rondava o profissionalismo, até ele ser oficializado em 1933, acompanhava as mudanças