Libras
DIVERSIDADE E LÍNGUA DE SINAIS BRASILEIRA
APOSTILA TEÓRICA
PROFESSORA: CIBELE CECCONI SOUSA-SOUSA
SÃO PAULO – 2014
LÍNGUA DE SINAIS BRASILEIRA – LIBRAS
LIBRAS, ou Língua de Sinais Brasileira, é a língua materna dos surdos brasileiros e, como tal, poderá ser aprendida por qualquer pessoa interessada pela comunicação com essa comunidade. Como língua, esta é composta de todos os componentes pertinentes às línguas orais, como gramática, semântica, pragmática, sintaxe e outros elementos, preenchendo, assim, os requisitos científicos para ser considerada instrumental linguístico de poder e força.
Possui todos os elementos classificatórios identificáveis de uma língua e demanda de prática para seu aprendizado, como qualquer outra língua. Foi na década de 1960 que as línguas de sinais foram estudadas e analisadas, passando então a ocupar um status de língua. É uma língua viva e autônoma, reconhecida pela Linguística. Pesquisas com filhos de pais surdos estabelecem que a aquisição precoce da Língua de Sinais dentro do lar é um benefício e que esta aquisição contribui para o aprendizado da língua oral como segunda língua para os surdos.
Os estudos em indivíduos surdos demonstram que a Língua de Sinais apresenta uma organização neural semelhante à língua oral, ou seja, que esta se organiza no cérebro da mesma maneira que as línguas faladas. A Língua de
Sinais apresenta, por ser uma língua, um período crítico precoce para sua aquisição, considerando-se que a forma de comunicação natural é aquela para a qual o sujeito está mais bem preparado, levando-se em conta a noção de conforto estabelecido diante de qualquer tipo de aquisição na tenra idade.
De modalidade gestual-espacial, a Língua de Sinais Brasileira teve sua origem através do Alfabeto Manual Francês que chegou ao Brasil em 1856.
Ainda se referindo a investigações, ficou provado que o aprendizado da língua oral não favorece, como se pensava