geopologia
A criação unilateral do Estado de Israel em 1948 levou ao acirramento dos conflitos no Oriente Médio. Contando com o apoio incondicional dos Estados Unidos, assim como da ex-URSS para o estabelecimento de um lar judeu na Palestina, tarefa essa realizada pela então recém-fundada ONU, em 1947. Essa concordância aumentou sobretudo pelo sofrimento vivido pelos judeus durante a Segunda Guerra Mundial, quando do Holocausto. Discordando da criação do Estado de Israel, os árabes travaram a primeira de uma série de guerras que se seguiram, mas ao final do conflito os palestinos ficaram sem território, lançado-se na diáspora. Atualmente, eles compõem o maior contingente de refugiados do mundo de um único povo, cerca de 3,5 milhões de pessoas.
Entre as guerras envolvendo árabes e israelenses, a de 1967 - denominada Guerra dos Seis Dias - acentuou as rivalidades por envolver territórios de outros países. Ao final do embate, Israel invadiu a Península do Sinai (Egito), a Faixa de Gaza, a Cisjordânia e as Colinas de Golã (Síria). Contra essas ocupações, o Conselho de Segurança da ONU compôs a resolução 242 (1967), que exigia a retirada imediata das áreas ocupadas, mas o governo israelense jamais cumpriu tal exigência e nem por isso sofreu represálias.
À medida que a conjuntura política se alterou, também a evolução dos conflitos sofreu mudanças drásticas. Após a morte de Nasser, a presidência de Anuar Sadat firmou com Israel o acordo de Camp David (Estados Unidos), em 1979, acertando a devolução dos territórios do Sinai. Esse acordo, visto pelos árabes como traição do governo do Egito à causa palestina, resultou no assassinato de Sadat em 1981. No ano seguinte, Israel invadiu o sul do Líbano, onde realizou massacres em 18 anos de ocupação, findos apenas em meados de 2000.
O segundo acordo de Oslo (set. 1995), ampliou as áreas em questão e estabeleceu um cronograma para a retirada das tropas israelenses de porções da Cisjordânia. Porém, o