estruturas tensionadas
Ainda pouco utilizadas no Brasil em construções permanentes, as estruturas tensionadas sempre estiveram presentes na história. As tendas dos povos nômades, formas primitivas de moradia, são suas primeiras manifestações, por volta de 28000 a.C.
Com desenhos diversos, de acordo com a cultura em que estavam inseridas, elas se sustentavam por meio de uma série de apoios e formas geométricas, utilizando materiais disponíveis, desde amarras de ossos e pedras até revestimentos com folhas, cascas, peles e couro, como os tipis dos índios norte-americanos, as tendas dos inuítes (povo esquimó) e, com o surgimento da navegação, as velas de embarcações.
Nos séculos 19 e 20 ocorreram mudanças significativas no desenvolvimento das tensoestruturas nos países industrializados. Com o incremento da necessidade de grandes espaços temporários, para fins culturais e exposição de produtos comerciais e industriais, houve aumento considerável na qualidade e na resistência das tendas, em virtude da utilização de estruturas metálicas mais leves e da melhoria dos materiais. Depois, entre 1930 e 1940, foram feitas as primeiras aplicações de estruturas de cabos de aço nas pontes pênseis. Hoje, as estruturas tensionadas agregam sofisticada tecnologia, principalmente em países europeus e nos Estados Unidos.
Porém, as pesquisas e os projetos do arquiteto e engenheiro alemão Frei Otto, em 1954, é que deram grande impulso às tensoestruturas. A curvatura inversa, a protensão e, em geral, a utilização de elementos e materiais tensionados, de acordo com um método construtivo específico, tornaram-se os princípios básicos desse desenvolvimento. Com o progresso no campo dos materiais, apareceram os tecidos técnicos fabricados com fibras de PVC, poliéster e fibras de vidro, que substituíram os naturais. Os avanços em relação ao comportamento estrutural e o detalhamento dos cabos e membranas, além do aperfeiçoamento de programas de computação, propiciaram a difusão das construções têxteis.
No