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A nova ordem econômica, traduzida por um mundo globalizado com constantes alterações no ambiente externo e com características como a precarização e a flexibilização do mundo do trabalho, favorecem a inserção das pessoas em outras atividades produtivas por causa da não absorção da mão-de-obra. Segundo dados estatísticos do IBGE (2004), as mulheres brasileiras fazem parte do grupo que, apesar de alcançar o maior índice de grau de escolaridade, encontra-se também na base da pirâmide, no que tange aos recursos financeiros que lhe são destinados por sua atuação profissional, dados estes também constatados no relatório "O poder das mulheres: avaliação das disparidades globais de gênero" do Fórum Econômico Mundial (FEM) no ano posterior.
Dadas tais condições, uma grande parcela das mulheres brasileiras tem buscado diversificar suas formas de sobrevivência. Esse locos observado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística detecta a crescente participação feminina como provedora dos seus lares nos arranjos familiares, dado o crescente fenômeno de famílias monoparentais (Segnini, 1997). Dentro desse cenário, podemos destacar a participação das mulheres na economia, por meio de ações empreendedoras, onde elas colocam em prática os seus saberes, na maioria das vezes fruto de uma ação que teve seu alicerce na construção coletiva embasada nos eixos (familiar, local e cultural).
Diante dos novos desafios que circundam a participação feminina no macrocosmo da economia pelo seu trabalho, vem crescendo a participação empreendedora, nem sempre vinculada a uma ação profissional formalizada, e ainda com pouca ou nenhuma orientação de gestão, minimizando a possibilidade de empoderamento, mas presente e em busca de crescimento. Este artigo avalia as diferentes formas de aplicação das políticas públicas na diversidade regional do país, por meio do desenvolvimento econômico e da participação feminina empreendedora, vinculada às ações elaboradas no início do