Introdução O termo estresse foi empregado por Hans Selye para designar uma ameaça real ou potencial à homeostasia. Baseado nisso, entende-se como estresse uma defesa natural do organismo em resposta a estímulos estressores, que disparam um processo de adaptação produzindo manifestações sistêmicas em resposta capazes de induzir alterações comportamentais e fisiológicas ao organismo. A resposta ao estresse caracteriza-se pelas discrepâncias entre o meio externo e interno e a percepção do indivíduo, tal resposta ao fator estressor compreende aspectos cognitivos, comportamentais e fisiológicos, entretanto, a sobreposição desses níveis é eficaz até um limite que ao ser ultrapassado poderá desencadear um efeito desordenador. Esse efeito pode ser gradativo, ocasionando futuramente um estado patológico. Existem dois tipos de estresse, o estresse agudo e o estresse crônico. No estresse agudo há uma resposta ou reação imediata, geralmente, em curto intervalo de tempo como consequência de acontecimentos traumáticos, enquanto o estresse crônico se perpetua por mais tempo e é gradativo, ou seja, o estresse agudo é mais intenso causado normalmente por situações extremas e o estresse crônico, cujo afeta grande parte da população, por meio de situações rotineiras. Dados da Organização Mundial de Saúde, atualmente, indicam que o estresse afeta mais de 90% da população mundial e está sendo considerado uma epidemia global. Visto que, há associações entre o estado de estresse crônico e o desenvolvimento de doenças como patologias cardiovasculares, metabólicas, gastrointestinais e distúrbios, devido os processos fisiológicos envolvidos com a resposta ao estresse relacionados aos demais sistemas, tais como Sistema Nervoso, Sistema Endócrino e, principalmente, o Sistema Imunológico.
Desenvolvimento O primeiro estudioso a descrever a reação do corpo humano ao estresse foi o fisiologista Walter Cannon, o pesquisador identificou a