Estratégias de internacionalização da EMBRAER

"" A partir do momento que os aviões Bandeirante começaram a ser produzidos no Brasil, a opinião pública, que sempre foi de ampla importância, era questionada em relação a comparação dos produtos da EMBRAER em relação aos disponíveis no mercado internacional. Surgindo assim a seguinte questão: "Por que os melhores aviões não poderiam também ser produzidos no Brasil?”.
Porém essa foi uma decisão de difícil escolha, tendo consciência das dificuldades a serem enfrentadas, não pelo fato da inferioridade de nosso país, mas sim do fato de ser um produto de alta complexidade que necessitava de insumos que não eram produzidos no Brasil, sendo ainda mais difícil conscientizar que os produtos seriam produzidos com tal eficiência. Também soma ao fato de demandar uma gigantesca infraestrutura para a produção dos aviões, onde os componentes em geral, sendo as peças, equipamentos e matéria-prima serem muito caros para os padrões da indústria brasileira.
Deve-se ressaltar ao fato que para produzir um avião demande um grande período de tempo, sendo que nesse período deve-se contar com um alto investimento, pois no ciclo de produção, tem que gastar antes com o pagamento dos fornecedores e custos de produção, que a soma dessas despesas representa uma alta quantia em dinheiro que pode afetar imensamente ao preço do produto produzido. Sendo assim, o produtor de aviões demande encontrar um equilíbrio de quanto deve ser produzido, maximizando receita e minimizando os custos de produção para que não haja um desequilíbrio. Sendo uma das principais preocupações da indústria aeronáutica as white tails, que é quando é produzido um avião sem ter comprador.
O mercado aeronáutico é de extremo risco, pois os retornos financeiros nas operações são muito baixos, requerendo altos investimentos, no qual os produtos de empresas desse setor devem transpor uma alta confiança aos seus clientes, pois a insatisfação pode gerar a não fidelização que consequentemente ocasionará a falência desta.