Estudos de caso
Fundada em 1969, o movimento de expansão internacional da Embraer tem seu início, em 1979, quando a empresa obteve uma licença para produzir aviões Piper. Simultaneamente, o governo brasileiro aumentava de 7% para 50% as tarifas sobre a importação dos similares estrangeiros do produto, possibilitando um grande sucesso de vendas – mais de mil aviões Piper nos quatro anos seguintes.
O passo seguinte foi a certificação do modelo Bandeirante nos Estados Unidos, França e Reino Unido, o que impulsionou fortemente as exportações para aqueles países.
Após um período crítico para a empresa, de recessão mundial e grandes mudanças políticas, como a queda do Muro de Berlim, em 1991, após cinco anos, Ozires Silva volta para a empresa, realizando uma preparação para o processo de privatização da Embraer. Com a redução do número de funcionários, mudanças no portfólio de produtos e transferência de dívidas para o governo e novos investimentos por parte deste. Finalmente, em 1994, a empresa foi privatizada.
Após sua privatização, a Embraer passou a concentrar esforços em um novo produto, o jato de 50 lugares ERJ 145, próprio para atender ao mercado de jatos regionais, em expansão. Para assegurar presença internacional direta, a Embraer abriu escritórios na Austrália (1997), China (2000), Cingapura (2000) e um novo centro de distribuição em Dallas. Após sucessos consecutivos, a empresa passou novamente a ser lucrativa e seu foco estratégico voltou-se para dentro, na busca por eficiência e melhoria dos processos de gestão. Em 1999, a Embraer passou a ter produtos que concorrem diretamente não apenas com a Bombardier, sua tradicional rival, mas também com Boeing e Airbus.
Após a crise aérea, causada pelos atentados de 11 de setembro de 2001, a Embraer sofreu uma série de cancelamentos de encomendas, sendo que os recursos para a construção já estavam comprometidos. Assim, houve impactos importantes para a empresa, como a