Estratégia
A Perspetiva Clássica
Nas abordagens clássicas, a maximização do lucro de uma organização é vista como resultado de um processo de planeamento e escolha racional desenvolvido pela gestão de topo (Ansoff 1965; Porter 1980). A visão hierárquica subjacente sugere a existência de um indivíduo ou um grupo restrito de indivíduos criteriosamente selecionados que otimizam a performance económica organizacional através da implementação da sua visão. Martin Hollis e Edward Nell (1975) descreveram o comportamento deste arquétipo como o “homem económico racional” – um empreendedor individual que opera num ambiente económico racional, organizando recursos de forma a atingir uma vantagem económica ótima. O ambiente externo à organização é visto como algo objetivamente determinável que se manifesta enquanto fonte de ameaças e oportunidades; as condições ambientais influenciam de forma direta as mudanças no conteúdo das estratégias na medida em que os gestores avaliam as condições internas e externas e adotam cursos de ação alternativos (Ansoff 1965). O conhecido aforismo de Chandler (1962) – “A Estrutura segue a Estratégia” – ilustra a essência desta perspetiva:
“Chandler argued that effective product-market diversification (strategy) requires a de-centralized structure, in particular, a divisionalized structure. However, Chandler and his followers have done more than argue for a contingency relationship, proposing a hierarchical ordering between strategy and structure in which strategy precedes structure” (Amburgey e Dacin 1994:1428)
O enfoque na “escolha estratégica dos gestores” (cf. Boeker 1989), na sua forma mais extrema, sugere-nos mesmo que as organizações alteram as suas estratégias de forma quase imediata para responder a mudanças no seu ambiente; ou que os gestores possuem um controlo absoluto sobre os recursos da organização e a capacidade de os manipular livremente na prossecução dos seus objetivos (vide Chafee 1985; Whittington 2001).
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