Estrada de ferro
Introdução
A construção da Estrada de Ferro Madeira Mamoré é um feito épico. Por cinco décadas, desde as primeiras idéias até sua conclusão em 1912, milhares de pessoas enfrentaram o ignoto, as doenças, o medo e a morte. Estimam-se em mais de 5.000 as mortes por moléstias tropicais desconhecidas, ataques de índios e de animais selvagens, acidentes, desaparecimentos na mata, etc... Entre aqueles diretamente envolvidos em sua construção.
Esta história começa na Bolívia uma região extremamente rica em borracha, porém isolada, sem contato com os oceanos, de um lado montanhas, do outro, grandes rios e suas cachoeiras impedindo o transporte de um produto tão importante para a economia daquele momento.
A busca para sair desse isolamento geográfico, levou os nossos irmãos Bolivianos a estudarem uma solução que pudessem resolver o problema do isolamento geográfico e transportar seus produtos. As idéias começaram a surgir, entre elas a construção de uma hidrovia. Para tal seriam dinamitados as cachoeiras existentes nos Rios Madeira e Mamoré. Este projeto foi abandonado e em seu lugar veio a idéia de construir uma ferrovia a “Estrada de Ferro Madeira Mamoré”.
Estrada de Ferro Madeira Mamoré
A epopéia se iniciou quando o Coronel do exercito americano George Earl Church conseguiu a autorização do Governo de Dom Pedro II para que a obra fosse construída em solo Brasileiro.
Após iniciativas o Coronel Church com amparo boliviano, buscou agentes financiadores em Londres, e uma empreiteira inglesa foi contratada, a Public Works. A Public Works se deslocou para a Amazônia em 1872, chegando a Santo Antônio das Cachoeiras não conseguiu assentar um único dormente. Frustrada, acabou se retirando em meio a um clima de espanto, pavor e assombro, pois a região era dominada pelo calor escaldante e a malária que atingia a todos gerando um grande número de doentes, inválidos e mortos.