a estrada de ferro do contestado
Neste trabalho vou abordar o tema Ferrovia do Contestado, que tem mais de um século de história. Foram contratados para a sua construção mais de 8.000 trabalhadores por todo Brasil. Ela abrange 1.403 quilômetros de extensão, liga de São Paulo ao Rio Grande e corta o Vale do Rio do Peixe. Esse território é conhecido como “Contestado”. A ferrovia representou muito para a história e desenvolvimento desta região, sendo que em 1.910, quando construída e inaugurada, era o que existia de mais moderno e avançado em matéria de transportes em todo o mundo. Hoje, por exemplo, seria o mesmo que implantar uma linha de trens bala no Meio-Oeste, igual aos modernos e rapidíssimos trens japoneses e alemães, um impacto impressionante. O ponto alto da ferrovia durante a sua existência divide-se em dois marcos importantes. O primeiro depois da Guerra do Contestado e do Acordo de Limites entre Paraná e Santa Catarina, quando até então o Rio do Peixe (e os trilhos) servia de limite provisório, onde coube à ferrovia, através da subsidiária Brazil Development and Colonization Company e de dezenas de outras empresas colonizadoras, a venda de lotes coloniais a imigrantes não brasileiros. Nas décadas de 20 até 40, centenas de famílias de imigrantes e de descendentes de imigrantes egressos das colônias velhas gaúchas e mesmo imigrantes antes chegados ao litoral, compraram terras e começaram a se estabelecer na região, umas em linhas coloniais, outras em volta das estações ferroviárias.
Já o segundo ponto diz respeito aos trinta anos compreendidos pelas décadas de1930 até a de 50, onde a estrada de ferro foi a via de escoamento da produção madeireira do Meio-oeste e do Planalto Norte aos mercados consumidores. Milhares de carros plataformas foram carregados e conduziram milhões de tábuas serradas que, nos destinos (no Brasil e no exterior), eram usadas para diversos fins. A empresa EFSPRG, depois RVPSC – contribuiu